segunda-feira, 16 de março de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Confesso que não conheço muito sobre a filmografia de Woody Allen mas, depois deste filme acho que quero passar a conhecer, são 96 min de óptimo entretenimento e boa disposição.

Esta comédia louca e divertida está repleta de bons actores. Javier Bardem (Juan) aparece transfigurado, depois de Anton Chigurh o impiedoso vilão de No Country for Old Men, agora interpreta o papel de um artista plástico catalão, um mulherengo despreocupado com uma irascível ex-mulher. Scarlett Johansson (Cristina) é uma americana que vive para as paixões e para aproveitar a vida, e que ao visitar Barcelona acaba por fazer parte dum triângulo amoroso deveras complexo. Rebecca Hall (Vicky) é a outra americana que está de visita a Barcelona, esta por oposição à sua amiga Cristina, acredita no amor e na estabilidade e tenta escapar aos avanços libidinosos de Juan. Finalmente, Penélope Cruz (Maria Elena), o sal deste filme (sal mas pouco que isto agora tem regras!), é a ex-mulher de Juan: desiquilibrada, louca, genial e muito sensual.

O desempenho neste filme valeu a Penélope Cruz o óscar de melhor actriz secundária, que quanto a mim, que não vi os filmes de todas as nomeadas, me parece ser merecido. A constante alternância de idioma, de disposição, de estado de espírito e quase de personalidade que ela imprime à personagem é fenomenal.
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De salientar ainda a deliciosa e cuidada banda sonora deste filme, uma verdadeira pérola que complementa e compõe na perfeição toda a acção.

E já agora, querendo eu entrar no universo Alleniano o que é que me recomendam?
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1 comentário:

AddCritics disse...

Caro Gonçalo, desta vez divergimos, eu considero este filme pouco mais que banal o que na obra de Allen acontece com frequência. Mas claro, isto não diminui algumas das suas obras maiores. Sempre fui e serei um defensor acérrimo da obra de Woody, que considero ser um dos grandes génios vivos. A sua mente é brilhante, melhor que os filmes só mesmo os livros que são absolutamente Fabulosos.

Se quiseres entrar na cinematografia de Allen há para mim dois filmes incontornáveis:

Sleeper (1973) – Hilariante, há uma orbe/esfera que provoca orgasmos...

Annie Hall (1977) – este ganhou 4 Óscares, o que é fantástico para um filme do Woody Allen. Ganhou, melhor filme, melhor realizador, melhor argumento e melhor actriz. Deste cheguei mesmo a ler o argumento e é um filme completo, com comédia drama e as complicações de uma relação amorosa.