sábado, 13 de fevereiro de 2010

Up (Special Guest)

Ora ora, pensavam que isto estava de novo parado? Nada disso! Aqui vem uma novidade e outra bem grande está a ser preparada.

Quando fui ver a última animação da Pixar, Up, fui acompanhado por um primo e amigo. No final do filme saí com a sensação de que este era bom mas, ficava aquém da animação lançada no ano anterior, WALL·E.


Porém, para o meu colega de filme a coisa não estava tão simples e clara. Conversar com ele, e depois deixar amadurecer o que tinha visto, deu a este filme uma nova dimensão. É verdade que continuo a achar que WALL·E é melhor mas, um filme que lida com morte e velhice e, ao mesmo tempo consegue ser divertido e adequado para a criançada, tem que ser no mínimo soberbo.

Assim, e pela primeira vez neste estaminé, temos um convidado. O meu colega de filme chama-se Fernando, tem um blog sobre jogos (Section 8), é um confesso adepto de animações e aceitou o convite para escrever, em inglês, sobre o recém nomeado para o óscar de melhor filme, Up.
A ele, um grande obrigado.


We interrupt your normally scheduled program for a special guest report.

I was asked by my cousin to write a short review of Pixar’s 2009 hit “Up”. Up tells the story of a 78 year old retired balloon salesman Carl Frederickson, trying to cope with an ever changing world while dealing with his own personal demons, that sees himself caught in the improbable adventure of a lifetime. I really want to avoid any kind of spoilers here so I’ll leave it at that. If you’re looking for a reason to see this movie, let me put it this way: This movie is the absolute pinnacle of Pixar’s continuous “experiments” with human emotions and empathy. This is coming from someone who can still recite most of the original Toy Story by heart and has followed every major iteration in Pixar’s history.

Carl Frederickson, a 78 year old cartoon male, is a more interesting, deep and relatable action hero than most, if not all, leads in action movies I have ever seen. Allow me to emphasize: A cartoon that you can take your 8 year old kid to, will get your heart racing faster and stopping harder than anything the likes of Steven Seagal, Arnold Schwarzenegger or Bruce Willis have ever accomplished. The key here is empathy. Despite being clearly cartoons, the motivations, the emotions and the story lived in the movie feel very real, as they draw perfect parallels to the kind of emotions and dilemmas we’ve all dabbled with, or will inevitably face, throughout our lives. Through its quirky aesthetics, Up invites us to live familiar situations in familiar settings, such as one’s first love, without ever feeling forced or contrived (as so many “serious” films often do). This movie is an emotional rollercoaster, that manages to seamlessly combine the kind of moments that would bring a tear to the most jaded of veterans right along the happy ecstatic moments kids (and adults) can enjoy.


I’ll stop here, as this is the kind of movie that’s surprisingly difficult to review without giving away the plot, and experiencing the movie “unspoiled” is one of the best things about it. In sum: Go see it.

Up - Peter Docter & Bob Peterson (2009)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Os Melhores de 2009

Aqui vem a lista por que todos esperavam! Dos 231 filmes que estrearam em Portugal no ano passado (lista aqui) eu vi 55 (o tempo para o cinema em 2009 não foi muito!), destes os 10 melhores (que na verdade são 13!) são:

1- Milk e The Reader (a ordem não indica preferência!)
2- Gran Torino (sim, não gosto dessa história de a seguir a dois 1ºs vir um 3º!))
3- Revolutionary Road
4- Un Prophete
5- Vals Im Bashir
6- Inglorious Basterds
7- The Hurt Locker
8- Changeling
9- The Wrestler
10- Che (The Argentine & Guerrilla)
Joker(8º, 9º ou 10º) - UP (este filme é especial, não podia excluí-lo!)

Devo dizer que esta lista poderia perfeitamente estar noutra ordem, à excepção dos "medalhas de ouro", houve várias mudanças enquanto a elaborava.
Gostaria ainda de destacar mais alguns (por ordem alfabética!) que também foram ponderados para os 10 melhores:
- Rachel Getting Married
- Slumdog Millionaire
- Tetro
- The Curious Case of Benjamin Button
- Vicky Cristina Barcelona
- Watchmen

Finalmente, destacar o melhor e (provavelmente único) filme português que vi em 2009:
- Morrer Como um Homem

Este ano fui mais conciso mas, ainda assim coloquei 13 filmes em 10 posições. =D
O importante é que estes são os filmes a não perder.
Fico agora à espera das vossas listas ou de outras recomendações.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Bright Star (em simultâneo com Add Critics)

Depois de uma ida ao cinema com o amigo e autor do belíssimo blog Add Critics, este sugeriu uma pequena parceria.

O Paulo sugeriu que ambos escrevêssemos sobre o filme que tínhamos visionado e, posteriormente, num acto simultâneo esses textos fossem colocados em cada um dos blogs.

O convite foi aceite e, para o efeito, irei utilizar a escala que ele definiu para pontuar o filme (algo inédito neste estaminé!). Aqui vai:

Dos filmes que já estrearam este ano, o primeiro que fui ver foi Bright Star… e em boa hora o fiz! Este filme, realizado por Jane Campion (The piano, 1993), é um drama romântico sobre um poeta inglês do Romantismo, Jonh Keats (Ben Wishaw) e a sua musa Fanny Brawne (Abbie Cornish).

Este filme é quase como um belo quadro do início do séc. XIX, uma pintura suave que Campion nos vai mostrando com ritmo constante, sem crescendos emotivos, e que caminha inexoravelmente para o negrume final.

Esta película está carregada de sentimentos e intimidade, especialmente nas cenas onde intervêm os personagens principais.

Este não é um filme para ser triturado por uma qualquer massa de gente, numa qualquer sala, foi realizado para quem vai ao cinema procurar arte e não apenas “entretenimento”, para quem vai com tempo, para quem se dispõe a ver o genérico e a ouvir o poema final.

De acordo com os critérios aqui descritos, para mim o filme merece 4 estrelas.

Bright Star - Jane Campion (2009)

P.S.: E que falta de respeito foi aquela de, no final, não se traduzir o poema até ao seu término?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Insatisfação

Aqui estou eu, acabadinho de sair de uma sala de cinema e, apesar de o filme que fui ver ser muito bom estou insatisfeito!

O filme é muito bom sim sr., mas não despertou nada de realmente especial em mim, não deixou uma marca evidente...

Para mim, um ingrediente especial de um filme é o seu enredo e, mais que isso, é o que essa história é capaz de provocar em mim! Vou dar exemplos:

- The Reader: não preciso de explicar, já disse tudo num post abaixo.
- Cidade de Deus: desconhecia aquele mundo, ainda hoje consigo recordar e ficar a pensar naqueles miúdos e naquela realidade

São apenas 2 exemplos, muitos outros haveria.

Não quero com isto dizer que ter bons actores, bons personagens, boas interpretações, bons planos, boa fotografia etc não seja importante. Pelo contrário, é muito importante e muitas vezes definem claramente um filme.

Se calhar fui com expectativas demasiado elevadas para o cinema. Talvez depois faça um post sobre o filme, é que gostei mesmo do filme, é muito bom, óptimas interpretações mas... falta qualquer coisa.

Pela primeira vez neste blog, deixo-vos um link para um pequeno vídeo. É um short-movie premiado que, apesar de ter sido feito integralmente com um telemóvel, para mim está excelente porque deixa uma mensagem, algo em que pensar.

Mankind is no Island - Jason van Genderen (2008) - vídeo

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Sala Reabre!

... aquela teia de aranha ali do canto... isso, perfeito!
O pano nessa janela... óptimo!

Bem, abre a porta e queima uma vela, senão o cheiro bafiento não sai!

Ora então dá-se por encerrado mais um longo interregno... ou será apenas um leve fogacho antes de nova pausa?
Não sei, logo se verá! Por agora há novidades, quentes e boas!

Mais uma vez, aquilo que fui retendo ao longo da abstinência bloguista quer sair e não há volta dar.

Luzes, câmara... acção.